quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Trabalho de Conclusão de Curso - O Fantasma do TCC

Final de semestre, tudo que se lê por aí nos Posts, tweets, blogs, face é “TCC”! Alunos dos 4 cantos do Brasil preocupados com a entrega do tão temido Trabalho de Conclusão de Curso que tira o sono, o ânimo, deprime, afasta da família, do namorado e das baladas! Calma, para tudo tem um jeito…

A ideia de fazer meu site nasceu quando comecei a trabalhar com alunos de graduação que tinham de fazer seu trabalho de conclusão de curso (TCC). Encontrei neles tantas dúvidas, tantas dificuldades de interpretação e compreensão, que o fato de eles precisarem escrever seus trabalhos de graduação passava a ser um fardo, uma barreira quase que intransponível. As letras passavam a ser suas inimigas mortais e as ideias não poderiam sair de suas cabeças. Era preciso copiar de algum lugar pra ter certeza de que estava certo.

O computador e a internet, que tanto contribuíram para a evolução da educação, agora tornam tudo mais fácil. Dá a impressão que os alunos aprendem o “ctrl c” / “ctrl v” antes mesmo de aprenderem “O bebê baba”, ou como alguns preferem dizer, “O beabá”.

É claro que os problemas com a língua portuguesa não são resolvidos com um passe de mágica. Afinal, são problemas que se arrastam desde a fase de alfabetização.

Mais do que ter um tema, o aluno precisa de orientação, que muitas vezes não vem como ele necessita. Sua defasagem data da época de sua alfebetização e nunca nenhum professor parou para ensiná-lo como “fazer” um trabalho, como pesquisar, entender e transformar em um texto de sua própria lavra.

É quando o TCC se transforma em um monstro pronto a abocanhar a mão do nosso personagem de hoje: o aluno. Passei a me especializar cada vez mais neste tipo de orientação e hoje suponho que tenho discípulos muito satisfeitos com o trabalho que venho desenvolvendo desde 2007 na Fatec Rubens Lara (Santos), conforme já mencionei em postagens anteriores.

O aluno fica tão apavorado com este fantasma, que acaba entrando em um caminho muito perigoso e praticamente sem volta. Muitas vezes ele fica tentado pela facilidade que o “Santo Google” oferece e acaba adotando o aprendizado primário das aulas de informática: o CTRL C + CTRL V. Neste momento, mais do que comprometer todo um trabalho (o dele e de seu orientador) ele fere as leis do Plágio (explicadas no final deste post). Fere também a propriedade intelectual e utiliza palavras que não são dele, que muitas vezes ele nem compreende, como se fossem de sua autoria.

Rouba algo que não é seu, apropria-se. É como se ele fosse mandar uma carta para a namorada e copiasse uma poesia de Fernando Pessoa e dissesse a ela que foi ele que escreveu. Ou se fizesse uma serenata com a música “Eu sei que vou te Amar” dizendo que acabou de compôr. Além de ridículo, um baita carão, é roubo. Corre um sério risco de levar um merecido balde de água gelada na cabeça.

Outro perigo que ronda os alunos de graduação é a compra de Trabalhos prontos. Basta digitar no Google “Monografias prontas” que aparecem 85.000 resultados. SIM! 85 mil! Trabalho fácil, o vendedor de monografias, o criminoso, lucra muito nas costas do aluno; nunca poderá ser denunciado caso o aluno seja reprovado, pois o aluno infringiu a lei ao comprar uma monografia e sairá satisfeito, pois nunca será descoberto. Uma contravenção que é mascarada por outra: a do aluno. E o pobre docente acha que sua monografia é inédita. Ele paga, no mínimo, 800 reais só pela “pesquisa”, fora a formatação que custa por volta de 10 reais por página. Se quiser revisão de gramática e ortografia o preço pode chegar a R$ 5 mil reais o pacote como já soube de alguns casos. Ele paga por um trabalho e acredita que ele é único! Doce ilusão. Eu soube de um caso, aqui em Santos, que dois alunos de Universidades diferentes, que não se conheciam, apresentaram o mesmo trabalho. Eram idênticos e conservavam até com os mesmos erros de português. Ambos os trabalhos foram apresentados no mesmo semestre. Qual foi o azar dos alunos? Um dos membros da banca participava das duas bancas. Pobres alunos… Nem preciso dizer o que aconteceu a eles.

Muitas histórias já viraram lenda no perigoso mundo dos plágios. Um juiz de direito perdeu sua carteira da OAB por cometer o crime de plágio na dissertação de mestrado. Houve o caso de alunos que compraram monografias trazidas de outros países da américa latina e apenas foram traduzidas para o português. Foram pegos por um pequeno deslize de tradução: Traduziram “rato” (momento, instante em espanhol) por rato (o animal). Bem, não teve como esconder que tratava-se de uma cópia mal lavada de um trabalho em espanhol. Teve até um caso de um sujeito, na USP, que trouxe sua dissertação diretamente dos EUA. Traduziu e encaminhou para banca. Um trabalho inédito, trazido por ele próprio, traduzido por ele mesmo. Não teria erro. Ninguém o pegaria! Seu azar? O membro principal de sua banca fora membro da banca do original lá nos EUA. Azarado é pouco!

Eu soube somente de um caso em que nada aconteceu para os alunos. Foi em uma grande Faculdade em São Paulo e há quem jure que sabe que o trabalho foi encomendado e comprado por 40 mil reais. Porém este era inédito e não deixou pistas. Nunca conseguiram pegar os culpados e os alunos acabaram sendo aprovados.

O que eu quero dizer é que muitas vezes o aluno envereda por este caminho por ingenuidade, por não saber como deve ser feito o trabalho de pesquisa, por desconhecer as normas de citação de fonte. Muitas vezes o aluno não recebe o suporte que espera de seu orientador, que muitas vezes por falta de tempo e acúmulo de trabalho acaba deixando “correr frouxo”. O orientador acha que o aluno já sabe o que deve ser feito, o aluno não aprendeu como fazer e tudo transforma-se em uma enorme bola de neve.

Sim, tudo o que você desejar está na internet. Bastam alguns cliques e você terá o mundo sob seus dedos. Porém há que se tomar cuidado, verificar se a fonte de pesquisa é confiável, se os dados estão corretos, se o texto que está citando tem um autor, se o autor tem credibilidade e confiabilidade no assunto pesquisado. Os melhores e mais confiáveis sites são os governamentais, os de empresas grandes, os que são patrocinados e os que são assinados.
Sites que são escritos pelos internautas sem nenhum tipo de fiscalização são úteis, como o Wikipedia, mas servem apenas como ponto de partida para pesquisas mais elaboradas e profundas. Tudo deve ser verificado para não correr o risco de colocar uma informação que não tem procedência em seu trabalho.

Depois de levantados todos os dados vem a parte mais interessante: ler tudo e transformar em um trabalho de pesquisa com começo, meio e fim.

Por último vem a minha parte favorita, a Formatação, que falo a seguir.

Você quer fazer um trabalho de Conclusão de Cursos e nem sabe por onde começar? Eu presto este tipo de assessoria há alguns anos, mas vou logo avisando: “Eu não faço o trabalho para ninguém”. Eu ensino como fazer. É uma assessoria em forma de encontros reais e virtuais, em que sano todas as dúvidas depois de algumas explanações teóricas. Oriento desde a escolha do tema, passando pela pesquisa, montagem, formatação e revisão gramatical e ortográfica. Para entrar em contato comigo, escreva para giprado@giprado.com.

O que é Formatação?
Todo trabalho acadêmico segue normas. Estas são ditadas e organizadas pela ABNT, sigla que corresponde à Associação Brasileira de Normas Técnicas. Fundada em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Ao aproximar-se da conclusão de cursos de graduação, mestrado, doutorado, os alunos precisam realizar um trabalho de conclusão, que em algumas instituições são chamados de TCC, em outras, simplesmente monografia. Já no Mestrado e no Doutorado são confeccionadas as dissertações e as teses. Existem também os artigos científicos, entre outros. Todos estes trabalhos acadêmicos devem ser elaborados de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Nessa ocasião, muitas são as questões levantadas:

  • O que é ABNT?
  • Para que serve?
  • Por que apresentar trabalhos acadêmicos de acordo com as normas ABNT?
A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).

Toda produção científica oficial, como projetos de pesquisa, monografias, TCCs, artigos científicos, dissertações de mestrados e teses de doutorado, devem obedecer à normatização ABNT, para consonância com o ideal objetivado, ou seja, uma efetiva contribuição para o desenvolvimento do País.

As normas são atualizadas e comercializadas pela ABNT. As instituições de ensino compram essas normas e adaptam ao seu próprio universo. Desenvolvem seus próprios manuais de formatação inteiramente embasados nas normas oficiais para, desta forma, obter uma padronização em seus trabalhos acadêmicos.

Em 2006, a pedido do então Diretor, Professor Irã Assis Rocha e do Coordenador, professor Dr. Mário Nogueira Neto, ambos da Fatec Rubens Lara, foi elaborado o Manual de Formatação da Fatec Rubens Lara por Gisele Esteves Prado e Regina Elena Fiandra. Ele é utilizado pelo Curso de Logística e Transportes. O atual diretor, Paulo Roberto Schroeder, e a Congregação da Fatec aprovaram o Manual como sendo institucional e oficial da unidade em 2011.
O que é Plágio?
Todo trabalho acadêmico, seja ele para obtenção de créditos em uma disciplina, trabalho de conclusão de curso, dissertação (Mestrado) ou tese (Doutorado), respeitando-se os vários níveis de investigação, baseia-se em estudos realizados por outros autores. Porém, a citação das obras consultadas se faz obrigatória na lista de referências e, quando necessário, também no próprio texto, conforme as normas de Citações descritas no manual Oficial de Formatação da Fatec Rubens Lara.

A utilização de trabalho produzido por outros, sem a indicação da fonte de informação, constitui plágio. Considera-se plágio a utilização, palavra por palavra, do texto elaborado por outra pessoa sem a sua devida indicação, considerando a possibilidade de plágio de projetos, poesias, trabalhos, músicas, etc.
Independentemente do suporte utilizado para disseminar essas informações, seja ele material impresso, CD-ROM, fotografia, Internet, e outros, a não citação da fonte pesquisada fere a lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 e prevê pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou o pagamento de multa de acordo com a legislação CF/88 art. 5º, XXVII, art. 184 do Código Penal. Além disso, o aluno estará sujeito às Sanções Disciplinares da Faculdade em que estuda.

É isso aí!                             


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!