segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ainda desabafando...


Na minha casa, pra todos os cantos que eu olhava tinha a mão da minha mãe. Desde a cortininha da cozinha até cada coisa que ela tinha me ajudado a colocar no lugar. Eu olhava pra cozinha e via ela em todos os cantos. Não suportava mais...

A vida estava muito difícil e estávamos com muitas dívidas. Precisávamos diminuir os gastos. Meu aluguel era caríssimo e a vida em São Paulo nem se fala...

Foi quando surgiu a oportunidade de alugarmos, do mesmo proprietário da casa que morava em SP, um apartamento em Santos.

No dia 12/12/2003, um ano após a morte da minha mãe eu vim pra cá pagando um aluguel bem mais barato, gastando bem menos em um lugar maravilhoso. Pudemos enfim começar a colocar a vida em ordem...

Meu pai voltou para a casa dele e fez comentários sobre o tempo que esteve na minha casa que não quero comentar, mas que me magoam muito até hoje.

Agora ele estaria por conta própria. Mas era um homem forte, saudável, que tinha pego sua aposentadoria e um bom dinheiro. Fiquei sossegada, porque ele poderia viver bem e tranquilo. Como minha mãe sempre desejou.

Acontece que as coisas não são assim tão simples. Morando sozinho ele se embrenhou pela mania de videobingo. Foi gastando todo o dinheiro nessas infernais máquinas, passava o dia jogando. Parou de pagar a assistência médica, o condomínio, as contas todas. Quando meu irmão viu, ele já devia um monte de dinheiro, perdeu o carro zero que ele comprara quando aposentou e certamente não estava cuidando nada da diabete.

Minha tia Malu foi morar com ele, mas é complicado conviver com meu pai. Ele é uma pessoa muito difícil.

A diabete agravou e ele quase não enxerga mais. Novamente levei ela àquela médica particular, mas ele já estava muito magro, muito fraco... O oftalmologista disse que não pode operá-lo por causa do estado físico dele... Como eu fiquei triste...

Ela pediu uns exames e foi detectado um câncer de próstata em estágio bastante avançado; já com metástase óssea.

Apesar de eu saber que ele só chegou a esse ponto por nunca ter cuidado da saúde, por nunca ter feito nenhum exame preventivo quando era mais jovem, por ter sempre vivido uma vida regrada em horários e manias, mas desregrada em cuidados consigo mesmo, eu sinto uma angústia grande em pensar nele lá sozinho, sem enxergar, comendo mal, tendo que se virar pra cozinhar, comprar comida, lavar a roupa, etc. Culpo-me por não poder trazê-lo pra cá, pois a assistência médica dele só cobre na cidade de SP (nem ele quer). E por não poder ir lá ficar com ele.

Por conta do meu acidente em 2008 eu fiquei muito tempo desempregada e só arrumei emprego agora, em setembro de 2011. O emprego pelo qual eu batalhei durante quase quatro anos, eu consegui agora. 

Final de ano eu fico atolada de coisas pra corrigir, preparar, bancas de TCC pra participar... uma loucura! Esta semana vou trabalhar inclusive no sábado e no domingo e semana que vem também.

Ontem (27/11/11) recebi um telefonema da Tia Malu. Ela esteve lá e disse que não dá pra ele continuar como está. Há muito tempo que acho, de verdade, que ele tem que ir para uma clínica onde possam cuidar dele decentemente. Onde ele tenha médicos e enfermeiras, onde ele seja olhado e tenha suas refeições certas na hora certa. Onde os medicamentos não sejam esquecidos e as refeições sejam balanceadas.

É sempre uma decisão muito difícil de ser tomada, a gente fica achando que está abandonando a pessoa quando a coloca em uma clínica, que é falta de amor, mas não é. 

A gente tem uma culpa cristã ridícula que nos faz pensar que somos super-homens e que podemos cuidar do idoso enfermo sozinhos. Não somos médicos, não sabemos o que fazer e como fazer. Cada um tem que batalhar sua vida, trabalhar. Os tempos já não são mais aqueles em que os homens trabalhavam e as mulheres ficavam em casa cuidando de tudo. A vida mudou, tudo mudou e, hoje, amor é colocar os pais da gente em um local onde possam olhá-lo com cuidados necessários e dignidade.

Fiz um dos telefonemas mais difíceis da minha vida hoje. Liguei pra Malu e disse pra ela cuidar de tudo pra interná-lo. Sei que ele irá contra a vontade dele, mas é melhor que ele fique injuriado agora, mas que tenha cuidados certos e específicos lá.

Meu coração está apertado, parece que tenho um nó imenso na garganta, eu não consigo me concentrar em nada, mas também não posso estar lá com ele. Então fico mais sossegada em saber que ele estará sendo cuidado por alguém que sabe o que está fazendo.

Deus sempre sabe o que faz. De um jeito ou de outro todas as coisas sempre se arranjam... sempre...

Nesses momentos eu sempre lembro de uma antiga oração que aprendi com minha mãe:



É isso aí!

Pai...


Um dia, quando eu fazia  terapia, a Magdalena disse que minha válvula de escape, por assim dizer, era escrever. Eu sempre consigo escrever o que não consigo falar. Sempre fui assim. Talvez por isso tenha escolhido a área de Língua Portuguesa e Redação. No momento preciso escrever... preciso muito escrever e ser lida.

As lembranças que tenho de meu pai são muitas. Muitas boas, poucas tristes e algumas ruins. Meu pai sempre foi um pai dedicado, nunca deixou faltar nada em casa, sempre nos tratou com muito carinho e amor.

Trabalhava duro, como qualquer um de nós. Todas as férias ele nos levava pra algum lugar: íamos à Praia Grande, acampávamos, visitávamos parentes distantes em cidades do interior de São Paulo, ríamos, chorávamos, nos divertíamos, às vezes passávamos nervoso. Mas qual vida não é assim?

Não sei se ele foi o marido perfeito para minha mãe. Ele era muito mulherengo e chegamos a ter notícias de certas senhoras que partilharam a vida com ele também. Mas se minha mãe aceitava, o problema era dela, certo?


Tenho lembranças de ele chegar cansado do trabalho e me levar pra ver a lua no quintal - sempre adorei olhar pra lua e pedia pra ele me mostrar - sempre que olho a lua sei que estou olhando pra ele.

Lembro também de ele trazes nossos chocolates favoritos. O meu era o Laka. Comi tanto na infância que acho que enjoei... lembro de ele me chamar de toquinho...

Ele sempre foi muito engraçado, gostava de contar piadas e até em enterros ele sempre deu um jeito de rir e nos fazer rir. Sempre diz que quando ele morrer ele não quer tristeza, quer o povo contando piadas e rindo. Ele sempre diz que rir é o melhor remédio... Acho que sou um pouco parecida com ele neste ponto. Por mais triste que eu esteja, gosto ainda de achar graça em algumas coisas.

Ele é bem o leonino típico: gosta de ser o centro das atenções, gosta de todo mundo olhando pra ele, falando com ele. Em casa ele nunca foi muito de falar. Gosta de ficar quieto no canto dele no sofá, com o cigarro dele e a TV ligada no esporte. Nem tente ligar pra ele se quiser bater papo. Ele encerra a conversa em menos de um minuto.



Desde que minha mãe morreu, em dezembro de 2002, as coisas ficaram bastante complicadas. No dia do enterro dela meu pai não quis voltar pra casa dele. Ficou na minha casa. Morou comigo durante um ano.



Durante todo o ano de 2003 eu tive que cuidar dele, não tive momentos de solidão e tristeza pela morte da minha mãe. Não dava, eu tinha que ser forte pra enfrentar o momento difícil que ele e meu irmão estavam passando. Sofri em silêncio durante um ano inteiro. Engoli meu choro, sufoquei minha tristeza e fiz de conta que estava bem. Engordei 25 quilos...

Meu pai estava diabético havia um ano quando minha mãe se foi. Ela cuidava da alimentação dele de forma primorosa. Não deixava ele comer nada que não pudesse, arrumava lanchinhos para ele comer durante o dia no serviço, fazia jantar todos os dias na mesma hora; enfim, levavam uma vida totalmente regrada. Dormiam cedo e acordavam muito cedo também. A vidinha deles era um exemplo de vida regrada... totalmente diferente da minha.

Durante este ano que meu pai esteve em casa eu tentei ser a minha mãe. Me esforçava ao máximo pra ele ter jantar todos os dias na mesma hora, vinha correndo da escola que eu dava aula pra fazer o jantar, fazia os lanchinhos pra ele levar no serviço todos os dias, comprava apenas as comidas que ele podia comer, levava ele a médicos regularmente, mantinha sua roupa sempre em ordem como ela fazia, levava ele pra passear regularmente em todos os lugares que eu ia, mantinha suas contas pagas, não atrasava seu plano de saúde por nada, levava ele a uma médica particular, comprava a insulina mais cara que tinha pra ele se cuidar... Mas eu não era a dona Conceição e nem deveria ter tentado ser...

Acontece que a tristeza que estava em meu coração não diminuía, não tinha jeito. Eu estava sufocada, cansada, triste e cheia de dívidas por conta de minha loja que fechei quando minha mãe morreu.



Não fosse o Álvaro eu teria enlouquecido, adoecido. Ele foi meu porto seguro, meu amigo, meu homem... ele foi e é tudo pra mim!




Minha mãe era o que ela sempre quis ser na minha vida: a minha melhor amiga. E olha que este foi um posto que ela conquistou, porque durante minha adolescência eu não queria nem pensar em ter minha mãe como minha melhor amiga.

Mas depois que eu casei foi assim. Ela era unha e carne comigo. Todos os lugares onde eu fosse tinha que levar minha mãe. Ainda bem que o Álvaro amava a sogra como se fosse mãe dele também. E ela era. Com certeza!




Minha mãe fazia tudo comigo e eu com ela. As compras da minha loja sempre eram compartilhadas com ela, as festas de amigos ela ia comigo, viagens, passava a tarde em casa papeando, fofocando, aconselhando.





Sabe o que começou tocar agora? Fascinação. Umas das músicas que aprendi a gostar com ela. Não pude deixar de chorar. Uma pausa para a saudade...


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Trabalho de Conclusão de Curso - O Fantasma do TCC

Final de semestre, tudo que se lê por aí nos Posts, tweets, blogs, face é “TCC”! Alunos dos 4 cantos do Brasil preocupados com a entrega do tão temido Trabalho de Conclusão de Curso que tira o sono, o ânimo, deprime, afasta da família, do namorado e das baladas! Calma, para tudo tem um jeito…

A ideia de fazer meu site nasceu quando comecei a trabalhar com alunos de graduação que tinham de fazer seu trabalho de conclusão de curso (TCC). Encontrei neles tantas dúvidas, tantas dificuldades de interpretação e compreensão, que o fato de eles precisarem escrever seus trabalhos de graduação passava a ser um fardo, uma barreira quase que intransponível. As letras passavam a ser suas inimigas mortais e as ideias não poderiam sair de suas cabeças. Era preciso copiar de algum lugar pra ter certeza de que estava certo.

O computador e a internet, que tanto contribuíram para a evolução da educação, agora tornam tudo mais fácil. Dá a impressão que os alunos aprendem o “ctrl c” / “ctrl v” antes mesmo de aprenderem “O bebê baba”, ou como alguns preferem dizer, “O beabá”.

É claro que os problemas com a língua portuguesa não são resolvidos com um passe de mágica. Afinal, são problemas que se arrastam desde a fase de alfabetização.

Mais do que ter um tema, o aluno precisa de orientação, que muitas vezes não vem como ele necessita. Sua defasagem data da época de sua alfebetização e nunca nenhum professor parou para ensiná-lo como “fazer” um trabalho, como pesquisar, entender e transformar em um texto de sua própria lavra.

É quando o TCC se transforma em um monstro pronto a abocanhar a mão do nosso personagem de hoje: o aluno. Passei a me especializar cada vez mais neste tipo de orientação e hoje suponho que tenho discípulos muito satisfeitos com o trabalho que venho desenvolvendo desde 2007 na Fatec Rubens Lara (Santos), conforme já mencionei em postagens anteriores.

O aluno fica tão apavorado com este fantasma, que acaba entrando em um caminho muito perigoso e praticamente sem volta. Muitas vezes ele fica tentado pela facilidade que o “Santo Google” oferece e acaba adotando o aprendizado primário das aulas de informática: o CTRL C + CTRL V. Neste momento, mais do que comprometer todo um trabalho (o dele e de seu orientador) ele fere as leis do Plágio (explicadas no final deste post). Fere também a propriedade intelectual e utiliza palavras que não são dele, que muitas vezes ele nem compreende, como se fossem de sua autoria.

Rouba algo que não é seu, apropria-se. É como se ele fosse mandar uma carta para a namorada e copiasse uma poesia de Fernando Pessoa e dissesse a ela que foi ele que escreveu. Ou se fizesse uma serenata com a música “Eu sei que vou te Amar” dizendo que acabou de compôr. Além de ridículo, um baita carão, é roubo. Corre um sério risco de levar um merecido balde de água gelada na cabeça.

Outro perigo que ronda os alunos de graduação é a compra de Trabalhos prontos. Basta digitar no Google “Monografias prontas” que aparecem 85.000 resultados. SIM! 85 mil! Trabalho fácil, o vendedor de monografias, o criminoso, lucra muito nas costas do aluno; nunca poderá ser denunciado caso o aluno seja reprovado, pois o aluno infringiu a lei ao comprar uma monografia e sairá satisfeito, pois nunca será descoberto. Uma contravenção que é mascarada por outra: a do aluno. E o pobre docente acha que sua monografia é inédita. Ele paga, no mínimo, 800 reais só pela “pesquisa”, fora a formatação que custa por volta de 10 reais por página. Se quiser revisão de gramática e ortografia o preço pode chegar a R$ 5 mil reais o pacote como já soube de alguns casos. Ele paga por um trabalho e acredita que ele é único! Doce ilusão. Eu soube de um caso, aqui em Santos, que dois alunos de Universidades diferentes, que não se conheciam, apresentaram o mesmo trabalho. Eram idênticos e conservavam até com os mesmos erros de português. Ambos os trabalhos foram apresentados no mesmo semestre. Qual foi o azar dos alunos? Um dos membros da banca participava das duas bancas. Pobres alunos… Nem preciso dizer o que aconteceu a eles.

Muitas histórias já viraram lenda no perigoso mundo dos plágios. Um juiz de direito perdeu sua carteira da OAB por cometer o crime de plágio na dissertação de mestrado. Houve o caso de alunos que compraram monografias trazidas de outros países da américa latina e apenas foram traduzidas para o português. Foram pegos por um pequeno deslize de tradução: Traduziram “rato” (momento, instante em espanhol) por rato (o animal). Bem, não teve como esconder que tratava-se de uma cópia mal lavada de um trabalho em espanhol. Teve até um caso de um sujeito, na USP, que trouxe sua dissertação diretamente dos EUA. Traduziu e encaminhou para banca. Um trabalho inédito, trazido por ele próprio, traduzido por ele mesmo. Não teria erro. Ninguém o pegaria! Seu azar? O membro principal de sua banca fora membro da banca do original lá nos EUA. Azarado é pouco!

Eu soube somente de um caso em que nada aconteceu para os alunos. Foi em uma grande Faculdade em São Paulo e há quem jure que sabe que o trabalho foi encomendado e comprado por 40 mil reais. Porém este era inédito e não deixou pistas. Nunca conseguiram pegar os culpados e os alunos acabaram sendo aprovados.

O que eu quero dizer é que muitas vezes o aluno envereda por este caminho por ingenuidade, por não saber como deve ser feito o trabalho de pesquisa, por desconhecer as normas de citação de fonte. Muitas vezes o aluno não recebe o suporte que espera de seu orientador, que muitas vezes por falta de tempo e acúmulo de trabalho acaba deixando “correr frouxo”. O orientador acha que o aluno já sabe o que deve ser feito, o aluno não aprendeu como fazer e tudo transforma-se em uma enorme bola de neve.

Sim, tudo o que você desejar está na internet. Bastam alguns cliques e você terá o mundo sob seus dedos. Porém há que se tomar cuidado, verificar se a fonte de pesquisa é confiável, se os dados estão corretos, se o texto que está citando tem um autor, se o autor tem credibilidade e confiabilidade no assunto pesquisado. Os melhores e mais confiáveis sites são os governamentais, os de empresas grandes, os que são patrocinados e os que são assinados.
Sites que são escritos pelos internautas sem nenhum tipo de fiscalização são úteis, como o Wikipedia, mas servem apenas como ponto de partida para pesquisas mais elaboradas e profundas. Tudo deve ser verificado para não correr o risco de colocar uma informação que não tem procedência em seu trabalho.

Depois de levantados todos os dados vem a parte mais interessante: ler tudo e transformar em um trabalho de pesquisa com começo, meio e fim.

Por último vem a minha parte favorita, a Formatação, que falo a seguir.

Você quer fazer um trabalho de Conclusão de Cursos e nem sabe por onde começar? Eu presto este tipo de assessoria há alguns anos, mas vou logo avisando: “Eu não faço o trabalho para ninguém”. Eu ensino como fazer. É uma assessoria em forma de encontros reais e virtuais, em que sano todas as dúvidas depois de algumas explanações teóricas. Oriento desde a escolha do tema, passando pela pesquisa, montagem, formatação e revisão gramatical e ortográfica. Para entrar em contato comigo, escreva para giprado@giprado.com.

O que é Formatação?
Todo trabalho acadêmico segue normas. Estas são ditadas e organizadas pela ABNT, sigla que corresponde à Associação Brasileira de Normas Técnicas. Fundada em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Ao aproximar-se da conclusão de cursos de graduação, mestrado, doutorado, os alunos precisam realizar um trabalho de conclusão, que em algumas instituições são chamados de TCC, em outras, simplesmente monografia. Já no Mestrado e no Doutorado são confeccionadas as dissertações e as teses. Existem também os artigos científicos, entre outros. Todos estes trabalhos acadêmicos devem ser elaborados de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Nessa ocasião, muitas são as questões levantadas:

  • O que é ABNT?
  • Para que serve?
  • Por que apresentar trabalhos acadêmicos de acordo com as normas ABNT?
A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).

Toda produção científica oficial, como projetos de pesquisa, monografias, TCCs, artigos científicos, dissertações de mestrados e teses de doutorado, devem obedecer à normatização ABNT, para consonância com o ideal objetivado, ou seja, uma efetiva contribuição para o desenvolvimento do País.

As normas são atualizadas e comercializadas pela ABNT. As instituições de ensino compram essas normas e adaptam ao seu próprio universo. Desenvolvem seus próprios manuais de formatação inteiramente embasados nas normas oficiais para, desta forma, obter uma padronização em seus trabalhos acadêmicos.

Em 2006, a pedido do então Diretor, Professor Irã Assis Rocha e do Coordenador, professor Dr. Mário Nogueira Neto, ambos da Fatec Rubens Lara, foi elaborado o Manual de Formatação da Fatec Rubens Lara por Gisele Esteves Prado e Regina Elena Fiandra. Ele é utilizado pelo Curso de Logística e Transportes. O atual diretor, Paulo Roberto Schroeder, e a Congregação da Fatec aprovaram o Manual como sendo institucional e oficial da unidade em 2011.
O que é Plágio?
Todo trabalho acadêmico, seja ele para obtenção de créditos em uma disciplina, trabalho de conclusão de curso, dissertação (Mestrado) ou tese (Doutorado), respeitando-se os vários níveis de investigação, baseia-se em estudos realizados por outros autores. Porém, a citação das obras consultadas se faz obrigatória na lista de referências e, quando necessário, também no próprio texto, conforme as normas de Citações descritas no manual Oficial de Formatação da Fatec Rubens Lara.

A utilização de trabalho produzido por outros, sem a indicação da fonte de informação, constitui plágio. Considera-se plágio a utilização, palavra por palavra, do texto elaborado por outra pessoa sem a sua devida indicação, considerando a possibilidade de plágio de projetos, poesias, trabalhos, músicas, etc.
Independentemente do suporte utilizado para disseminar essas informações, seja ele material impresso, CD-ROM, fotografia, Internet, e outros, a não citação da fonte pesquisada fere a lei dos Direitos Autorais nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 e prevê pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou o pagamento de multa de acordo com a legislação CF/88 art. 5º, XXVII, art. 184 do Código Penal. Além disso, o aluno estará sujeito às Sanções Disciplinares da Faculdade em que estuda.

É isso aí!                             


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Redes Sociais: Invasão de Privacidade?


Esta postagem eu fiz no dia 26/03/2011. Já que o tema do momento são as redes sociais, aproveito para republicá-la.

Esta noite fui pega pela insônia. Depois de virar e mexer em todos os canais; ver e rever todos os posts dos amigos no Face; conferir o timeline do twitter; consultar meus e-mails; assisti a um filme com a Queen Latifah, o Steve Martin e aquele garoto que faz o Two and a Half Men, o Angus T. Jones. Hoje ele é pós-adolescente, mas na época era um menino de uns 7 anos. O filme era "A Casa Caiu" (2003).


Acabou o filme, fui beber água e voltei pra uma última conferida no twitter antes de dormir. Encontrei lá um post que dizia que a atriz Cibele Dorsa morrera depois de cair do 7º andar do prédio onde morava.

Fiquei então curiosa e fui ver quem era a atriz no Santo Google. Lá encontrei uma notícia no G1 sobre sua morte, que ocorrera na madrugada de sexta pra sábado por volta da 1h45. Antes do ocorrido ela postou uma última mensagem no twitter (@CibeleDorsa) com muitos erros de digitação que dizia o seguinte: “LMENTO, EU NÃO CONSEGUI SUPORTAE A MORTENOS MEUS BRAÇOS MAS, LUREI...ATE ONDE EU PUDE”.

A notícia me deixou mexida, então fui em busca de mais notícias. Descobri que seu noivo, de 27 anos, morrera depois de cair do 7º andar do prédio onde moravam juntos. Ele era Gilberto Scarpa, apresentador do programa Brasil Bites no E! Entertainement.

Bem, logo se delineou uma longa história na minha cabecinha...

Na ocasião da morte do noivo, Cibele, então com 35 anos, era modelo, atriz e escritora; fora casada com o cavaleiro brasileiro Doda por 4 anos e estava adaptando seu livro “Homens no Bolso”para o teatro junto com Gilberto Scarpa. Chegou a declarar que o trabalho estava aproximando muito os dois e que em breve pretendiam trocar alianças. Estava cheia de planos e teve sua história abruptamente interrompida pelos fatídicos acontecimentos.
“Meu noivo se suicidou esta noite, com ele morto eu me sinto morta. Prefiro ir com ele, minha força não faz mais sentido”, escreveu Cibele em seu perfil no Twitter. 

Na noite do suicídio de Gilberto, o mesmo tinha saído pra rua atrás de drogas, conforme a atriz revelou em entrevista à Revista Caras. Ele tinha sérios problemas com cocaína, estava muito inseguro porque a noiva lançara o livro 5:00 da madrugada e achava que ela ia ficar famosa e escolher outros rumos sem ele. Queria casar-se com ela, mas ela só se casaria se ele largasse as drogas.

A polícia encontrou Gilberto e foram todos para a delegacia. Ao serem liberados, ele chegou em casa querendo consumir mais drogas. Cibele não permitiu, ele a agrediu e atirou-se pela janela. Ao chegar no jardim do prédio ela o encontrou ainda com pulsação, mas morreu em seus braços. Fim do 1º ato.

Como a arte imita a vida e vice-versa, Cibele (na historinha que minha cabeça acabara de criar), que levava dentro de si um grande repertório de tragédias famosas, resolvera repetir a última cena do seu romance-drama verdadeiro repetindo a cena, só que desta vez anunciado por um bilhete suicida digno do século 21: um post no Twitter e um vídeo no Youtube em homenagem ao noivo e de sua despedida. Fim do 2º ato.

Tudo isso chegara até mim por um texto de 140 caracteres...

Isso me levou a pensar sobre a vida e as redes sociais que levam notícias de um ponto a outro do mundo em segundos.
Assim, lembrei de um fato ocorrido com uma amiga, que outro dia postou seu alívio por saber que o seu exame ginecológico não tinha dado nada. As redes sociais nos desnudaram tanto que tudo se anuncia no Facebook. Desde um cochilo à tarde até o anúncio de um suicídio. E a rapidez com que as notícias se espalham é verdadeiramente assustadora!

No Face se anunciam negócios, venda, troca, mágoa, briga, agradecimento, pedido de casamento, votos de feliz aniversário, desaparecimentos, venda de armas, ódio, preconceito, amor, solidariedade e um sem fim de coisas...

Os meios de comunicação, as agências publicitárias, as empresas de telefonia, os correios têm que correr e repensar toda sua estrutura em tempos tão modernos e rápidos.

Hoje assistimos a qualquer coisa que tenhamos perdido na TV no Youtube, lemos sobre qualquer assunto nos portais espalhados pela internet; reconhecemos qualquer pessoa pelo Google Imagens. Até foto minha tem lá! Já experimentou digitar seu nome no Google e ver o que aparece de você em sites e imagens?

Sim, estamos cercados e desnudos!
Não! Eu não acho isso ruim... nem bom. Só é DIFERENTE. Eu vivo com toda essa mudança na ótica das coisas com muita tranquilidade, de forma muito natural. Só é diferente do modo como vivíamos há 20 anos...

Como não tenho nada a esconder, também me exponho e anuncio meus cochilos, meu trabalho, minha insônia, o livro que estou lendo, a música que estou ouvindo, onde fui, com quem fui, aonde irei... e ainda documento tudo com fotos! Depois do iPhone, então, tudo fica em tempo real!

Isso porque sou uma mulher de 46 anos que nasceu na década de 60, em que não havia TV colorida, celular, fax, computador, internet, notebook, iPad, iPhone, Facebook, Orkut, Twitter, e-mail e pra ter um telefone precisava estar muito bem de grana.

Essa meninada que está aí hoje com seus 20 anos já nasceu com tudo isso. Não conhecem a vida sem essas coisas. Para eles é muito mais natural do que pra nós dos anos 60... Pra eles, diferente era o modo como passamos nossa infância e adolescência.

A TV vive fazendo um carnaval em cima das relações virtuais, dos jovens que ficam horas na internet, nos jogos eletrônicos, etc. E no nosso tempo, o que era?
Era o amor livre, o rock and roll, as drogas...
Daí veio a AIDS e acabou com o amor livre; veio o pagode (argh) e substituiu o rock na vida de muitos jovens e as drogas, bem, essas continuam sempre por aí gerando renda pra muita gente...

Na nossa época era a ditadura militar que arrancava os jovens das salas de aula, de suas casas, de seus empregos e os mesmos nunca mais eram vistos. Era a CENSURA no Caetano, no Chico e em tantos outros... tanta coisa feia!

Eu ainda prefiro desnudar-me no Facebook do que no DOPS, o Departamento de Ordem Política e Social... Quanta ordem... Ordem na visão de quem???

O mundo evoluiu, a comunicação evoluiu, as relações são outras e tudo é muito rápido. Mas Cazuza, nos anos 80 já previa que “O Tempo não pára”!

“A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára...”
Cazuza

É isso aí!

 

Meu outro Blog

Eu tenho um outro Blog que fica no domínio da minha home page (www.giprado.com/Blog.htm). 


Aos poucos colocarei aqui as postagens mais antigas daquele Blog.


É isso aí!

Corrente do Bem


Hoje vou dar uma pausa nos fuxicos de tecido pra fazer um fuxico do bem.

Estava eu tranquilamente na minha casa, na sexta-feira, 11/11/11, véspera de feriado prolongado, fuçando no Facebook como sempre...

De repente vi um apelo vindo de uma grande amiga, a Sônia Blota, jornalista competente da Bandeirantes e com quem trabalhei há muitos anos.

Soninha, que está morando lá do outro lado do Atlântico, em Paris, colocou um apelo que dizia o seguinte:

“Compartilhem, a menina é parte de uma família que eu amo muito” E colocava a foto de Sabrina, dizendo que a menina sumira na sexta-feira por volta das 18h. Que tinha saído de casa sem celular, sem dinheiro e com a roupa do corpo.

Eu costumo não compartilhar esses apelos de desaparecimento porque a maioria é spam e não correspondem a fatos verdadeiros. Mas como vinha de uma pessoa conhecida e confiável resolvi compartilhar.

Desse momento em diante comecei a me envolver mais e mais com o caso e fui acompanhando os compartilhamentos em progressão geométrica irem pipocando pelo face afora. Como sou insone, passei a noite de sexta pra sábado e de sábado pra domingo acompanhando tudo o que saía. 

Adicionei a prima e a irmã de Sabrina, a Simone Gurgel e a Alê Silvestre, respectivamente, que me aceitaram prontamente. Assim fui recebendo notícias quase que em tempo real.

Em pouco tempo já havia milhares de compartilhamentos, a notícia estava no G1, na Record e em outros meios de comunicação que não sei precisar agora, podem deixar um comentário me corrigindo aí...

Várias hipóteses foram levantadas, a família abriu-se para todas as sugestões e foi um esforço conjunto.

Logo fiquei sabendo a história real que relato a seguir:

Sabrina Silvestre Fontão, de 12 anos, Branca, Loira, Olhos azuis, 1,63 de altura, desapareceu no dia 11 de novembro de 2011 às 18h na Chácara Santo Antônio, zona Sul de São Paulo.

De acordo com as informações passadas por Ale Silvestre, irmã de Sabrina, a adolescente foi para escola com o transporte escolar, mas não entrou na aula, cabulou aula, quando a dona da van chegou para buscar os alunos, percebeu que ela não estava e ligou para a mãe de Sabrina.

Ao chegar em casa, Sabrina recebeu um telefonema da mãe dizendo que quando ela chegasse iriam conversar. Sabrina trocou de roupa e saiu, sem ninguém ver nada e desde então a família está a sua procura e à espera de notícias.

Sabrina Silvestre Fontão foi vista, na noite do desaparecimento, na companhia de um homem aparentando ter 25 anos em um posto de gasolina no bairro da Granja Julieta, zona sul de São Paulo. Segundo a tia da adolescente, Márcia Coelho, a família já comunicou o desaparecimento da adolescente à Polícia.

Segundo funcionários do posto de gasolina, a garota permaneceu sozinha no local durante horas. Parecia que ela esperava alguém. Por volta das 4 horas da manhã de sábado, ela deixou o posto alcoolizada, acompanhada do homem de 25 anos em um carro vermelho.

A família rastreou os perfis da adolescente nas redes sociais, em busca de contatos que indicassem alguma pista, mas nada foi encontrado. Segundo a família de Sabrina, a Polícia já emitiu um ofício para verificar as imagens das câmeras de segurança do posto e tentar identificar o jovem levou a garota. A família também lançou uma campanha nas redes sociais para auxiliar nas buscas.

O texto acima foi publicado no site do Movimento Gabriela sou da Paz

As informações, depois ficamos sabendo, eram falsas. Sabrina nunca estivera em posto de gasolina, muito menos alcoolizada...

As 48 horas que seguiram o desaparecimento foram de muita agonia, desespero e solidariedade. Formou-se uma imensa corrente do bem que envolveu Sabrina e protegeu a menina para que nada de pior acontecesse.

Milhares de pessoas empenhadas e solidárias com a dor da família Fontão se dispuseram, postaram orações, palavras de conforto, colocaram seus telefones à disposição e eu soube de gente que até saiu para as ruas da região pra ver se encontrava Sabrina.

Eu, que moro em Santos, fiz o que sei fazer: divulguei, passei pra algumas pessoas que possuem contatos importantes e rezei. Rezei muito pra que nada acontecesse à Sabrina. Não conseguia parar de pensar nos meus afilhados (que regulam de idade com ela), nos meus alunos, na frieza e crueldade das ruas, na inocência de uma menina de 12 anos sozinha e desamparada só por estar com medo de voltar pra casa porque tinha feito uma traquinagem.

Professora há quase 30 anos eu sei que com 12 anos eles são ainda muito inocentes. Provavelmente Sabrina nunca cabulara aula antes e ficou com medo quando a mãe disse que iriam conversar quando ela chegasse em casa. Vai saber o que passou na cabecinha dela naquele momento... Pra ela nada seria pior que um corretivo vindo da mãe.

Sabrina saiu andando sem rumo, pensando que era um peso pra família. Imagina só! Um docinho, uma bênção de Deus que é um filho jamais será um peso para qualquer pai ou mãe...

Depois de 48 horas a notícia que me arrepiou e fez até chorar: Sabrina foi localizada e já está a caminho de casa.

Primeiro uma postagem de um amigo da família:

Amigos !!! Encontramos a Sabrina !!!! Ela ligou assustada, de um terminal de ônibus na zona sul, e já está em casa. Muito obrigado a todos os amigos que nos ajudaram a conseguir um desfecho feliz!!! Ainda não sabemos o que aconteceu com ela... Ela está muito assustada e antes de tudo, precisa acalmar e descansar...Assim que tiver mais informações, compartilharei também as boas notícias com todos vocês !!! Sem palavras, agradecer a todos vocês é muito pouco !!!! Solidariedade é tudo, cada um de vocês ajudou para que essa história tivesse um final feliz !!! E ISSO ACONTECEU !!! MUUUITO, E ETERNO, OBRIGADO !!!!

O site do Gabriela sou da Paz registrava:

A estudante Sabrina Silvestre Fontão, de 12 anos, foi localizada na noite de domingo (13/11) após dois dias desaparecida na Zona Sul de São Paulo. A família fez um apelo pelo retorno dela nas redes sociais. “Ela já está em casa, sem nenhum arranhão. A família está completa de novo”, disse, por volta das 23h, o pai da menina, o técnico em treinamento automotivo Décio Ribeiro Fontão, de 52 anos.

O pai disse que ela ainda não explicou direito o que aconteceu. "Ela contou uma história para a gente que não sei se é verdade ainda. Eu não sei te dizer o que aconteceu", afirmou, acrescentando que conversará com a filha depois.

Então Sabrina estava em casa e atolada no meio de milhares de mensagens que vinham de todos os cantos do mundo...

O relato dela foi o seguinte:


Fiquei com medo que meus pais brigassem comigo, por isso resolvi sair de casa, pensando que seria um "peso a menos".

Então saí andando por aí, sem saber direito onde estava depois de um tempo.

Então achei um lugar pra sentar, debaixo de uma ponte, não sei direito e lá descansei um pouco e depois voltei a andar, encontrei uma menina no caminho chamada Juliana, que ficou conversando comigo, perguntou o que eu estava fazendo sozinha e me levou pra casa dela, me acolheu junto a família dela.

Eles insistiram muito para eu ligar, mas eu não tinha coragem. A mãe da Juliana lavou a roupa que eu estava no corpo e me emprestou uma outra pra eu usar enquanto isso. Tentei acessar a internet, mas na casa deles não tinha. Hoje (13/11/11) Fui na casa de um amigo deles e pedi para usar a internet. Ai fiquei surpresa com milhares de pessoas me procurando... Também fiquei com mais medo de meus pais brigarem comigo, mas estava preocupada com todo este movimento e noticias falsas... Resolvi entrar em contato com um amigo da família, o Gustavo Curi, e pedi a ele que em ajudasse a voltar pra casa, então ele foi me buscar no Terminal João Dias e me trouxe pra casa, onde fui recebida com muito carinho.

Gostaria de pedir desculpas por tudo isso, deixei todos muito preocupados e não era minha intenção.
Muito obrigada por tanto carinho, atenção e força que vocês deram pra minha família!!

Beijos,
Sabrina Fontão.

Sabrina foi incentivada pelo Facebook e pelos milhares de apelos, a voltar pra sua família sem medo. Em um dos milhares posts, Sabrina encontrou o telefone de Gustavo Curi, um amigo da família, e ligou. Como Gustavo é cantor, estava no meio de uma apresentação. E mais uma vez um anjo a salvou, foi a  Gustavo Curi que ela confiou a missão de levá-la de volta pra casa sã e salva...

Conversei com Gustavo pelo Facebook e ele me contou como foi:


Eu estava cantando em um bar que canto aos domingos. Tinha voltado do intervalo. Quando estava no meio de uma música passei o olho no celular e vi 4 chamadas não atendidas.

Aí olhei rapidamente e vi que não era número conhecido e pensei: vou ligar hora que eu acabar, umas 22h30 isso era mais ou menos umas 21h30.

No momento que pensei isso um rapaz veio até o palco e pediu pra cantar uma música pra ele mostrar seu trabalho... eu disse que sim e ele subiu. Nesse momento lembrei das chamadas e resolvi ligar pra saber quem era e era a Sassá...

“Fiquei desesperado e meu início de conversa com ela é o q eu postei no mural dela: Sabrina, Sabrina é você?? Onde você tá? Você tá bem? Tá machucada? Onde você tá?" E não deixava você falar direito... rsrsrs... falei, falei, falei até que você, com toda a doçura disse.. "Gu, calma"... ou seja, você me acalmou. Eu acho que tava mais desesperado que você. rsrsrsrsrs. Obrigado Sassá por ter me dado a oportunidade de levar uma notícia tão importante, obrigado Sassá por você ter me dado a oportunidade de levar de volta a alegria de sua família inteira...
Prometo tentar nunca te decepcionar... conte comigo pra sempre...”

Depois disso cheguei no meu parceiro em cima do palco e no ouvido dele e disse: "cara, preciso de um favor de irmão, a Sabrina me ligou e disse que quer que só eu vá buscá-la porque eu sou o único em que ela confia..." ele disse: claro vai lá!
Aí saí correndo, 1 hora antes de acabar o show...
Meu parceiro terminou sozinho o show.

O facebook explodiu de felicidade e mensagens maravilhosas ao saber da notícia. Os pais disseram que verificariam se a história da filha era verdadeira  e que iriam até a casa da família que acolheu Sabrina.

E foram. A família que acolheu a filha dos Fontão é uma família muito humilde que mora em uma casinha de madeira, em um local muito pobre. Mas Jesus nasceu em uma manjedoura, no meio do deserto, cercado por animais. Deus não faz distinção entre ricos e pobres quando quer enviar um anjo.
Décio (pai de Sabrina), Juliana, Sabrina, o filho de Juliana, Valdirene (a mãe de Sabrina) e David (o irmão de Juliana)

Juliana (de blusa azul na foto) é uma menina pobre que tem um filhinho, que está no colo de Sabrina e não tenho mais informações sobre a família a não ser estas fotos que estou colocando aqui.
Casa onde mora Juliana e sua Família

Este é o sofá onde Sabrina dormiu duas noites, longe dos perigos das ruas

Aqui o irmão de Juliana, que emprestou o celular pra Sabrina ligar e o filhinho dela.

De toda esta corrente vieram muitos textos que confirmam minha antiga teoria sobre as redes sociais e seu poder. Meu marido, também jornalista, Álvaro Camargo Prado escreveu um texto belíssimo que fala bem sobre essa aquisição do mundo moderno:


Há quem critique as redes sociais. Estes desconhecem suas dimensões. Há quem pense que as redes deveriam ser diferentes, mais parecidas com o que pensam e gostariam. Estes são os egoístas. Há quem despreze as redes e afirme que elas só servem para adolescentes escreverem bobagens cheias de erros de português. Estes são os ignorantes. Nas últimas 48 horas este facebook ficou coalhado de posts, recados, conversas e apelos em busca da menina Sabrina, que ficou desaparecida neste período e que voltou para casa. Amigos daqui e de vários lugares, como minha amiga Sônia Blota, que da Europa agitou uma enorme quantidade de pessoas ligadas à imprensa, polícia, etc. Agora o FB está em paz, só com comentários sobre a volta de Sabrina. As redes são o futuro, quem não acredita nisso pensa de maneira velha e ultrapassada, são falsos modernos que adoram a velhice, egoístas e preconceituosas. Viva Sabrina! Viva o facebook! Bom final de domingo a esta imensa família que está aliviada.


Juliana e Valdirene, a Mãe de Sabrina, aliviada e agradecida.
Deste movimento maravilhoso nasceu a necessidade de agradecermos à Juliana, que mesmo sem saber quem era Sabrina a acolheu, alimentou e deu um lugar seguro para que ela pudesse descansar sua cabecinha que devia estar muito confusa.

Foi então que Simone Gurgel, minha mis nova amiga virtual, postou o seguinte:

E aí, quem está a fim de ajudar?

A ideia não foi minha, foi da Tania Duarte, eu só estou pondo em prática!

Nós conseguimos trazer a Sabrina Fontão de volta graças a ajuda de cada um de vcs e deste anjo, chamado Juliana, que cuidou da Sabina para nós!
Agora chegou a hora de tentar retribuir! E se nós fizéssemos o mesmo movimento que fizemos antes, para conseguir para a Juliana uma casa nova no "Lar doce Lar"?

Vamos começar a colocar mensagens na página do Luciano Huck, no Face ou na página do Caldeirão do Huck! Lá vamos contar o que a Juliana fez para ajudar a Sabrina e colocar o link destas fotos para que ele possa ver a casa como é!

Ele, normalmente, escolhe uma carta e seleciona para fazer o programa, o que será que ele faria se fossem centenas de cartas pedindo a mesma coisa?
Quem vai ajudar?

A ideia agora é disparar o link desta postagem por todos os cantos e fazer chegar aos ouvidos (ou olhos) do Luciano Huck, bem como de empresários e pessoas que queiram ajudar.

Sei que milhares de pessoas precisam de ajuda pelo Brasil afora, mas temos que escolher e algumas pessoas precisam ser escolhidas. Quem sabe não seja a hora e a vez da Juliana e sua família?

Luciano Huck é um homem formidável e dá um enorme valor a estas ações. Assim como eu e todos nós ele é fissurado pelas redes sociais e tem um coração gigante. Viu como Deus não faz distinção quando quer enviar anjos?

Vamos lá, compartilhe o link desta postagem (http://fuxidosdagi.blogspot.com/2011/11/corrente-do-bem.html). Vamos fazer esta história correr o mundo. Histórias do bem não devem ficar guardadas em gavetas!

E as ideias não param de chegar! Vou colocando tudo aqui pra ficarmos sempre atualizados.

É isso!

Gisele Esteves Prado
16/11/11