domingo, 1 de setembro de 2013

Notre Dame - Nossa Senhora de Paris

Bem, quando acordamos, ainda no nosso primeiro dia em Paris, ainda reluzia lindo um sol de verão no céu da Cidade Luz. Já eram 19h e fomos dar uma volta pra não perder nosso dia totalmente.

Como estávamos muito perto da Catedral, fomos conhecer aquela maravilha gótica que fica cercada pelo Rio Sena.

A sensação ao ver a Catedral é inexplicável, um misto de alegria, emoção e medo... Sim, essas construções góticas me colocam um pouco de medo. Aqueles gárgulas e aquela imensidão me faz sentir arrepios. 

Acho que os católicos fizeram na Europa, com suas monstruosas catedrais, o que os evangélicos vem fazendo aqui no Brasil com suas igrejas imponentes e gigantes. Há como reprová-los? Na França não existem "igrejinhas", todas são sempre muito imponentes e gigantes. Veremos algumas por aqui.

Ficamos por um tempo sentados, apenas observando aquela maravilha e ainda nos convencendo de que estávamos mesmo em Paris. Demos uma volta e a Igreja abriu. Claro que entramos pra ver como ela era por dentro.
Não pode tirar fotos com flash em nenhum lugar. Nunca esqueça de retirar o flash de sua máquina ou de seu celular, ou vai levar uma bronca! Em francês, o que é pior...


Ficamos lá um tempo, sentei, orei e fiz um pedido. Minha mãe dizia que sempre que você entra em uma igreja pela primeira vez deve fazer um pedido e será atendido. Eu ainda tinha muitos pedidos a fazer... A peregrinação por igrejas estava apenas começando.

O Jantar

Como já mencionei, escurece muito tarde e é preciso ficar atento no verão pra não perder a hora do jantar, pois 23h não tem quase mais nada aberto. No primeiro dia quase perdemos a hora...

Pertinho da Notre Dame tem um restaurante muito gostoso chamado La Bouteille D'Or. Chegamos em cima da hora para comer, já ia quase fechando. Eram 22h30. 

O lugar é encantador e possui uma área aberta para os dias de verão. O problema é que lá eles fumam muito em qualquer lugar e certamente você sentará ao lado de alguém que parece uma chaminé constante. Neste lugar sentamos ao lado de duas mulheres que fumavam e comiam simultaneamente o tempo todo. Tivemos de trocar de lugar...

Eu comi um peixe maravilhoso Filet de Bar à la Plancha, et à l'huile d'olive. Um filé de Peixe com azeite de oliva. Meu prato custou 21 euros. Claro que tem a entrada, os queijos e a sobremesa. Os pratos principais variam de 14 a 59 euros e as entradas de 6 a 12 euros (porções individuais).


De sobremesa eu fiquei com a sugestão do garçom, um rapaz português que nos atendeu maravilhosamente bem. Pedi um Tiramisu que estava divino. As sobremesas variam de 7 a 11 euros.


Ah! Nunca chame um garçom de garçon na França. Lá a palavra significa garoto. Refira-se a ele como Monsieur.

Satisfeitos e ainda enfeitiçados pelo primeiro dia em Paris, brindamos com um belíssimo vinho nacional. Lá, em qualquer lugar, você bebe vinho ou champagne por taça. Não necessita pedir a garrafa como aqui e geralmente custam menos que um café ou uma coca-cola. Um convite ao alcoolismo fácil.

Voltamos para o hotel e sonhamos com o que ainda viria nos próximos dias. Nossa aventura estava só começando...

Um Pouco da História
Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. A construção da catedral gótica dedicada à Virgem Maria levou 180 anos: desde 1163, quando começou a construção no local de uma catedral romana, até 1345. É dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.

Foto: Patrick Kovarik/AFP Photo
A Catedral passou por muitas reformas ao longo de toda sua história. No século 12, a igreja já não era suficiente para abrigar a população de Paris, que começava a crescer disparadamente. Surgiu então o projeto de construir uma imensa catedral, de 135 metros de largura e 40 metros de altura, uma testemunha da prosperidade relativa do momento, quando a fome e as epidemias diminuíram.


Durante o século 13, um período negro para a catedral, os líderes religiosos achavam que os vitrais coloridos "comiam a luz" e substituíram muitos deles por cristais brancos.

Durante a Revolução Francesa a catedral foi fechada e nacionalizada. Os tesouros foram roubados e a construção foi usada para armazenar alimentos.

Em 1801, a catedral foi restaurada para celebrar um acordo entre a França e a Santa Sé e para a coroação de Napoleão Bonaparte, em 1804. Mas em 1831 voltou a ser saqueada e seus vitrais foram quebrados.

No período romântico, que enaltecia a expressão artística de outras épocas, a Notre-Dame foi vista com novo interesse. Foi então que o escritor Victor Hugo, em seu livro "Notre-Dame de Paris", publicado em 1831, lançou o grito de alarme, alertando que a histórica catedral estava em ruínas e a salvou da demolição.

A "ressurreição" da construção começou em 1844, guiada pelo arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc. A restauração, que respeitou materiais, estilos e épocas, se estendeu durante 23 anos. Em 1991, a catedral foi restaurada novamente.

Acontecimentos na Catedral

1314 - Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, o último grão mestre templário, Jacques de Molay, após sete anos na prisão, juntamente com outros templários, foram executados queimados vivos na fogueira. Foram condenados pela igreja católica com ordem direta do Papa Clemente V, influenciado e pressionado pelo rei Filipe IV de França, que acusaram os templários de serem hereges, culpados de adoração ao demônio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros comportamentos de blasfêmia.
1431 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra durante a Guerra dos cem anos.
1804 - Coroação a 2 de Dezembro de Napoleão Bonaparte a imperador de França e sua mulher Josefina de Beauharnais a imperatriz, na presença do Papa Pio VII
1909 - Beatificação de Joana d'Arc.

Curiosidades:

Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, encontra-se no pavimento uma placa de bronze que representa o marco zero a partir do qual todas as distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas. 


Na catedral existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.

Perto da catedral, existe a Igreja de São Julião o Pobre, uma igreja greco-católica melquita. 

No interior da Catedreal, encontra-se a estatua de Santa Joana d'Arc.

Serviço:

Visita virtual em 360°
No site oficial de Notre-Dame, é possível ver detalhes da catedral em fotos panorâmicas de 360°.

La Bouteille d'or
Endereço: 9 Quai de Montebello, 75005 Paris, França
Telefone:+33 1 43 54 52 58

É isso!
Gi Prado

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Paris! Ah, quanto encanto!

Embarcamos no dia 03/07/13, no voo das 19h30 no Aeroporto de Cumbica.

Fomos direto pra Sala VIP da Air France que, diga-se de passagem, é maravilhosa. Muitos petiscos, salgados, frios, quentes, bebidas e até um garçon servindo champagne. De brinde cruzamos com a maravilhosa e esplendorosa Gal Costa com seu filho. Acho que estavam embarcando pra Amsterdã, já que não a vi no meu voo.



Voamos de Air France, como disse, durante toda a noite e, apesar de estar muito bem acomodada na Executiva, não preguei os olhos durante as 11 horas de voo. Assisti a todos os filmes em português, li, joguei no iPad, ouvi música e caminhei várias vezes dentro do avião. O que é importantíssimo, pois evita trombose.

O voo foi tranquilo e maravilhoso. A tripulação quase toda fala francês ou inglês, mas havia um comissário que falava português.
Na executiva a comida é diferenciada e você escolhe em um cardápio o que vai querer no jantar e no café da manhã. Durante o voo ficam à disposição dos passageiros frutas e petiscos no Snack Bar do avião

Cheguei em Paris no dia 04/07 por volta das 11h30 (horário local, fuso de 5 horas a mais), mortinha de Alcântara (mortinha da Silva é coisa do passado) de tanto cansaço. O aeroporto Charles de Gaulle é absurdamente imenso. Estávamos tão cansados que nem passamos no Free Shop. Você desembarca e anda, anda, anda, anda mais um pouco, desce muitas escadas rolantes e chega a um trem. Você embarca, desce duas estações depois, anda, anda, anda e chega na esteira das bagagens.

Clique na foto para aumentar


Conseguimos pegar nossas malas, ligamos para o transfer e pegamos um super trânsito até o hotel.




Nos hospedamos no Meliã Colbert, que fica muito perto da Notre Dame. Na Rue de l'hôtel Colbert.



O hotel era maravilhoso e eu super recomendo pra quem quiser uma indicação de hotel. Fica no Quartier Latin, perto de tudo que é mais legal.


Nos arredores tem muitos bares, restaurantes, casas de Jazz e a Notre Dame, de onde eu estava a apenas 2 quadras.

Voltando ao Hotel, todos os funcionários são muito receptivos e por ser um hotel de rede espanhola, todos falam espanhol e alguns, que são de Cabo Verde, falam português.




O Café da manhã era servido impecavelmente em uma Cave. Um ar rústico e tão acolhedor quanto a cidade.
Fomos muito bem recebidos e ganhamos um lindo presente de boas-vindas. Flores e Champagne... Uma delicadeza sem tamanho.

Nosso quarto era incrível e da janela podíamos ver, ainda que só um pedacinho, a Notre Dame.

Nem preciso dizer que deixamos tudo bem escurinho e dormimos satisfatoriamente!!!

Quando acordamos, por volta das 19h, o sol ainda brilhava intenso no céu e fazia um calor delicioso. Bem, é que no verão anoitece por volta das 22h30. Aproveitamos pra fazer nosso primeiro passeio na Cidade Luz e fomos à Notre Dame. Mas esse passeio fica pra eu contar amanhã.

É isso!

Gi Prado

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Voltando das Férias

Bom, todos sabem que fui pra França nestas férias.

Sim, foi a minha primeira viagem internacional (se a gente não contar Buenos Aires que é praticamente o quintal do Brasil) e Paraguai/Argentina via Foz do Iguaçu.

Apesar de já ter colocado toooodas as fotos no Face, resolvi fazer postagens de todos os lugares em que estive e deixar dicas que ninguém deixa para marinheiros de primeira viagem como eu.

Meu roteiro foi definido antes de ir. Fui a livrarias e comprei livros e revistas da França e Paris, comprei alguns livrinhos de conversação, consultei sites e blogs, enfim, fiz a "lição de casa" sobre o país para onde eu estava indo pra me preparar tanto na questão cultural (de costumes) como sobre o clima, ruas, leis, etc. Baixei mapas, entrei em sites das cidades que eu visitaria e quando chegava a cada lugar, sabia o que encontraria e as surpresas seriam somente as boas.

O roteiro que tracei antes de sair de casa foi o seguinte:

Claro que ao chegar em Paris percebi que o roteiro estava "apertado" demais e fiz algumas adaptações no decorrer do percurso...

Acabei não indo ao Moulin Rouge e nem no Lido, o que senti muitíssimo, mas as filas eram imensas e também não fomos à Eurodisney. Sendo mês de férias, constatamos que estaria intransitável e que seria mais um programa de índio. quanto à Galeria Lafayete não senti vontade de ir... Sei lá. A Champs Elysées me preencheu!


A partir deste post, farei posts específicos sobre cada lugar onde estive.












É isso!