quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Minha vida... Minha história... Parte 3

O ano de 2004 eu passei em casa. Cidade nova, amigos novos, não conhecia nada e nem ninguém. Em maio de 2004 descobri que havia uma Fatec bem perto da minha casa e que eles ofereciam 3 cursos de graduação gratuitos com duração de 3 anos. Tinha Logística, Informática e Processamento de Dados. Resolvi prestar vestibular, mas achava que estava muito enferrujada. Afinal, eram 22 anos sem estudar nada que não fosse ligado à Língua Portuguesa! Perdi a inscrição do meio do ano, mas não abandonei a ideia.
Em novembro de 2004 eu conheci meu (hoje) amigo Mário Nogueira Neto. Ele era coordenador do curso de logística da Fatec e era amigo do meu marido. Era (e ainda é) professor da Fei junto com o Álvaro. O Mário me deu um baita incentivo e disse que achava que eu conseguiria sim passar no vestibular. Me inscrevi, mas estava totalmente descrente. Achava que jamais conseguiria entrar... Erro meu. Passei em 2º lugar! Quem diria!



Foi uma das mais acertadas decisões que tomei em minha vida! Nunca fiz tantos amigos e nunca pude estudar dessa forma tão compenetrada, pois nos meus cursos anteriores, por ter de trabalhar muito, não podia me dedicar como queria.

Estudei muito e minha nota mais baixa, no curso todo, foi um ou dois 8,5. Muitos 10!!! Meu histórico escolar exibe a marca de 34 notas 10. Jamais pensaria conseguir isso! Foi uma vitória para mim, que sempre me achei burra... Adorei fazer logística e adorei conhecer tanta gente legal entre os alunos e os professores.

Entrei em 2005 e em 2007 eu terminei. O ano de 2007 foi meio complicado, tive algumas pequenas doenças que duraram de maio até novembro... é... Primeiro tive uma infecção urinária. Em seguida, quando estava melhor, tive uma gastrointerocolite tóxica. É uma infecção muito séria no estômago, intestino grosso e intestino delgado. Uma doença grave que chega a levar ao óbito. Foi causada por algum alimento que comi.
Bem, quando eu estava quase boa, foi mais de 2 meses de dieta, proibições, etc., marquei hora no dentista e fui. Sabe aqueles sapatos CROC? Aqueles que causaram um monte de acidentes aqui e no Japão? Pois é, eu estava usando um daqueles. A sola é tão firme que ela adere ao chão de tal maneira que quando você anda seu corpo vai, mas seus pés ficam. Numa dessas eu caí de frente, apoiada nos 2 braços em posição de flexão. Quebrei os 2 cotovelos! Fui de resgate pro Pronto Socorro. Cheguei lá e como não sou dada a escândalos, não estava nem gritando, nem chorando. Estava até muito calma. Tão calma que acharam que eu nem tinha quebrado nada. O médico nem quis tirar o Raio X do meu braço esquerdo. Só tirou do direito porque disse que o esquerdo não tinha nada. 

Fui pra casa Deus sabe como, Não conseguia nem abrir minha bolsa. Me colocaram em um táxi e segui pra casa. Minha prima Leonora morava comigo nessa época, então eu liguei pra ela. O problema é que nem conseguia pegar o telefone e levar ao ouvido. Tive que falar no viva voz. Nossa! Ela ficou muito assustada. Apesar de eu ter ligado e falado calmamente. Ela me ajudou a sair do carro e me trouxe pra casa.

No dia seguinte fui a um médico particular que explicou que em alguns casos a fratura só aparece depois de uns dias. Pediu pra eu voltar dali 1 semana pra tirar radiografia do outro braço. Era véspera de feriado de 7 de setembro. Ele me engessou apesar de eu dizer que era alérgica a gesso... tem mais essa. Depois de 2 dias eu não aguentava mais de tanta coceira no braço. Fui até o médico e a enfermeira tirou meu gesso.

Estava com o braço todo cheio de bolotas. Então comprei um daqueles imobilizadores de lona. Muito mais confortável e higiênico!

Depois de uma semana voltei pra radiografar o braço esquerdo. Foi quando descobri que ele também estava quebrado. Eu quebrara os 2 cotovelos em uma só queda! Que sorte!

Então, tiramos o imobilizador do direito e passamos pro esquerdo. Mas ambos ficavam na tipoia! Uma piada. Terminando a faculdade, fazendo parte da comissão de formatura e com os 2 cotovelos quebrados. Mas em novembro tive alta...

O final de ano foi sossegado e eu agora só conseguia pensar na formatura que seria no dia 07 de março de 2008.

Em dezembro fizemos uma pequena viagem de 3 dias de navio. Que sonho! Uma delícia! Fomos no Grand Voyager. Apesar de terem sido apenas 3 dias, nos divertimos muito. Fomos eu, o Álvaro, minha sogra e a Leo. Ficamos na piscina, jogamos no cassino (ganhei uma boa grana), fizemos compras na loja que é uma espécie de free shop, descansamos, comemos e bebemos muito! Foi nota 10.

O ano letivo iniciou e como eu havia escrito o Manual de Formatação de Trabalhos Acadêmicos em parceria com uma professora da Fatec, o Mário, aquele meu amigo que me falou pra prestar o vestibular, me convidou pra dar umas palestras pras turmas de sexto ciclo sobre formatação, pois os trabalhos estavam sofríveis.

Desenvolvi umas aulas e comecei com as orientações. Os alunos são tão carentes de conhecimento que ficaram felizes (nem sempre todos, claro), comecei a atendê-los e ensiná-los como fazer trabalho de conclusão; estava feliz, apesar de estar fazendo um trabalho totalmente voluntário. Era o que que sempre quis. Um trabalho com alunos de uma escola do Estado. Ministrei palestras aos alunos e comecei a orientá-los. Trabalho que faço até hoje em conjunto com o professor Mário.

No dia 06/03 foi minha colação de grau e eu fui a oradora. Foi um dia muito emocionante pra todos nós. Eu fiz amigos e tanto na Fatec e ficaria uma saudade imensa! Eram como meus filhos, afinal eram muito mais jovens que eu e tinham um carinho e respeito por mim fenomenais!

Quando cheguei da Colação recebi uma notícia nada agradável. A minha tia Maria José, irmã da minha mãe e minha madrinha de crisma, havia falecido e eu nem poderia ir ao enterro. Sou muito ligada à família dela. Minha prima Sandra, sua filha, é como uma irmã pra mim. Fiquei muito triste... Tia Maria foi uma figura extremamente importante na minha vida. Muita convivência desde pequena, muitas viagens juntas, muita intimidade. Era como minha segunda mãe.

Dia 07 era o Baile. naquela tarde recebi uma grande notícia... fui dispensada da revista pra qual eu fizera revisão durante 3 anos. Não contei pra ninguém, só pro Álvaro. A casa estava cheia de parentes e amigos, não queria estragar a festa de ninguém mais. Agora estava sem emprego e cheia de dívidas da formatura pra pagar! Legal!!! Mas não foi a primeira vez e nem a última. Eu sempre me viro.


O Baile foi maravilhoso! Tudo perfeito. Mandei fazer meu vestido no Atelier da Maria do Céu. Custou uma pequena fortuna, mas como não tive vestido de noiva e nem de debutante, queria o vestido dos meus sonhos! E tive! Ficou lindo! Era vermelho e bordado com 600 cristais Swarovski.

No dia seguinte fomos à casa de amigos em um churrasco e eles nos convidaram pra irmos na casa deles em São Pedro na Páscoa, pois havia muito tempo que não íamos lá. 

Chegou a quinta-feira santa e fomos. para falar a verdade eu não estava querendo ir, já estava indisposta, com uma dor de cabeça que estava começando a me pegar. Quando saímos de casa a dor já estava bem forte, mas achei que no dia seguinte estaria melhor. Mas que nada! A dor aumentou muito e passei quinta, sexta e sábado na cama com com muita dor, moleza... achei que fosse deng. Depois descobri que era uma virose que pegou um monte de gente conhecida! Eu nunca tomei tanta Neosaldina e Chophytol juntos! 

No domingo amanheci bem. Sem dor. Feliz! Fui pra piscina, me diverti à beça. Resolvemos que iríamos embora só à noite. Então o Álvaro foi descansar e eu fui tomar banho já no fim da tarde, início da noite. Entrei distraída no banheiro, pensando nas coisas que eu tinha que arrumar, recolher, etc. Esqueci que o chão do box era escorregadio e caí. O box é estreito e comprido, caí de pernas abertas, abrindo um grande espacate. Com este corpinho de bailarina que tenho dá pra imaginar... Fiquei uns minutos sentada e daí tentei levantar. Foi aí que eu despenquei e minha perna retorceu toda. Comecei a gritar muito. Mais de desespero de ver a perna daquele jeito do que de dor. 

Vieram todos, mas a porta estava trancada e tiveram de arrombar. Meu amigo Kai, oriental sábio e calmo, colocou minha perna no lugar, ou seja, destorceu ela... a sangue frio mesmo! 

Bem, pronto-socorro. Again! Não conseguia ficar em pé. Me colocaram no carro, fui pulando que nem saci-pererê! Pronto-socorro de cidade pequena. Me deram uma injeção e disseram pra eu ficar 3 dias sem colocar o pé no chão. Que depois poderia andar normalmente. Nem tiraram radiografia. 

Chegando em Santos fui a um especialista. Já fazia 3 dias e eu fui de bengala, mas andando... Quando entrei na sala do médico minha perna despencou novamente e eu caí muito feio! Doeu, viu? Muuuito! Gritei! Dessa vez gritei muito. O que deixou o Álvaro apavorado, pois se eu grito é porque tá doendo muito mesmo! Minha perna tornou a ficar retorcida como da primeira vez e o médico colocou no lugar e me encaminhou a um especialista em joelho. 

Resumo da ópera: Fiz ressonância magnética e naquele segundo tombo, além de agravar o rompimento dos ligamentos do joelho, quebrei a perna também. hahaha. Só rindo. Mas com certeza Deus sabe o que faz...

Rompi o ligamento cruzado do joelho esquerdo e o tendão interno (que não sei como chama - é esse aí da figura à direita). Ele é o responsável por manter-nos em pé. Ele liga e conecta a parte de baixo com a parte de cima da perna. Sem ele a gente despenca, pois uma parte não para sobre a outra. Por isso eu despencava.

Bem, agora eu teria que imobilizar pra arrumar a perna quebrada e pra eu poder operar. Isso foi no final de março. Minha cirurgia foi marcada pro dia 03/05/2008. Esse tempo todo eu não podia colocar o pé no chão, de jeito nenhum. Banho só de paninho e banheiro sempre com ajuda. Passava a maior parte do tempo deitada, pois não podia dobrar a perna.

A cadeira de rodas não passava no corredor, então montamos uma operação de guerra com cama na sala e cadeira de escritório (com rodinhas) pra poder levar ao banheiro. Para me locomover, ia de cadeira de rodas até onde ela passava e então trasladava para a cadeira de escritório pra poder chegar no interior do banheiro ou pra sair na cozinha e no corredor de serviço do meu prédio. No elevador eu descia de cadeira de rodas.

Graças a Deus a Leo (aquela santa que já havia cuidado de mim quando quebrei os dois cotovelos) ainda estava aqui e se não fosse ela eu não sei o que teria sido de mim, porque o Álvaro tinha que trabalhar, né? Ela foi um anjo. Me levava ao banheiro, me dava de comer, lavava meus cabelos. Uma filha que Deus não deu do meu ventre, mas me deu da alma! Aliás, em todos os percalços de 2007 a Leo que sempre cuidou de mim. Me dava banho e secava minhas "dobrinhas". hahaha...

Operei. Nunca senti tanta dor na minha vida! Foram dias terríveis. Muito medicamento e nada de sair da cama. Agora nem poderia ir ao banheiro. Tinha que usar fralda! Terrível demais! Mas aceitei meu destino e agradeci a Deus por estar viva e não ter tido uma sequela pior daquele tombo. Rezei muito. Mas sobretudo pra agradecer e pedir paciência. Fui atendida. Foram quase 6 meses de cama. Quatro meses sem me mexer. Depois comecei a andar com andador, depois com bengala. 

Quando pude levantar pela primeira vez, demorei uma semana me preparando pra pegar o andador e sair da cama. Ainda estava muito traumatizada e tinha medo de tudo. Quando tomei meu primeiro banho fiquei mais de uma hora só deixando a água cair sobre mim e chorando de emoção. Foi mágico poder entrar no banheiro para tomar banho. Não sabia o que era isso fazia 6 meses. Ainda hoje tomo banho sentada porque tenho muito medo e quando tenho que tomar banho em pé em hotel ou casa de alguém, me sinto muito insegura. Isso porque já faz 4 anos que operei. Quando fui à cozinha e peguei meu primeiro copo de água sozinha percebi o valor de coisas tão corriqueiras e pequenas. 

Bem, Por conta do acidente, parei de ir à Fatec pra dar as palestras, mas recebia os alunos aqui em casa, na cama, com meu lap top na barriga, deitada e eles em volta de mim. Era uma piada! Revisei e ajudei mais de 20 alunos com seus TCCs naquele semestre.

Na formatura deles, em agosto, de bengala, fui convidada, gentilmente, a fazer parte da mesa solene. Uma honra! Recebi uma homenagem e fiquei muito emocionada!

No segundo semestre eu comecei novamente a ir dar as palestras, mas como eu não era professora da Fatec e não ganhava nada por aquilo, fui gentilmente convidada a parar de ir... O diretor da unidade naquela época me detestava e não escondia isso de ninguém, muito menos de mim. Eu havia feito campanha para colocá-lo em seu cargo na época das eleições, mas quando ele assumiu me decepcionei muito e fui a primeira a reclamar. Do mesmo modo que fiz campanha a favor, fiz também contra e ele aceitou de forma nada esportiva. Foi quando mandei um e-mail para ouvidoria do Centro Paula Souza que ele azedou de vez comigo. Cheguei a saber, tempos depois, que ele pedia para os coordenadores ficarem de plantão pra verem se eu ia aos sábados e que proibissem minha entrada na unidade. Como sempre tive a língua muito solta e um temperamento nada fofo, eles nunca se meteram comigo. Mesmo porque eu tinha um bom relacionamento com todos e isso não faria o menor sentido. Sem problemas, não queria arrumar encrenca para o Álvaro que dava aulas na unidade e que também sofria perseguições na época; desta forma passei a orientar os alunos na minha casa mesmo. A casa é minha e ninguém poderia me proibir de fazer o trabalho que gosto aqui! Recebi muitos alunos e fiz um trabalho maravilhoso com eles, trabalho que faço desde 2007 até hoje, totalmente voluntário! Aluno só precisa de alguém que ensine e isso eu sei fazer como poucos, modéstia à parte! Os professores elogiaram muito a evolução dos trabalhos, o que é uma honra pra mim. 

Fiquei de bengala por mais de um ano e ainda hoje, quando vou a algum lugar que não conheço bem eu a uso, porém, sinto-me outra pessoa em todos os sentidos. 

Passei a ver a vida com outros olhos e entender como é divino poder locomover-se, tomar banho sozinha, lavar sua cabeça, pegar um copo de água na cozinha, sentar à mesa pra uma refeição...

As coisas ficam tão pequenas diante de tantas atrocidades e infelicidades pelo mundo afora, que a gente tem que aprender que tudo é muito pequeno, muito mesquinho! Ficar sem falar com um amigo ou um parente por uma bobagem... Nossa! A vida pode terminar em segundos e você não ter tempo pra viver com quem ama! De dizer que ama! Só de olhar da minha varanda e ver este milagre todos os dias já me faz muito feliz!

Essa coisa de "Fulano não me liga, também não vou ligar", "Fulano não vem aqui, também não vou lá", "Fulano nunca me procurou, também não vou procurá-lo". Mas quem foi que inventou essa regra ridícula de que é o outro que tem que tomar a iniciativa. Por que não nós??? As pessoas são diferentes umas das outras. Umas são mais retraídas, outras mais atiradas. Umas são mais atarefadas, outras menos. Ou até têm muito o que fazer, mas administram melhor seu tempo, sei lá!


O que eu aprendi com tudo isso?

hahaha!

Tanto! Aprendi, sobretudo, que hoje é agora e que amanhã sei lá! Aprendi a dizer o que sinto, aprendi a dizer "desculpa, eu estava errada", aprendi... aprendi a tentar sentir o que o outro sente, aprendi a tentar ver o outro lado de todas as histórias, inclusive aquelas em que eu estou no meio. 

Não, não sou santa! Não sou magnânima! Sou humana e tento hoje sempre fazer melhor que ontem e pior que amanhã... 

É difícil se colocar no lugar do outro? Sim, é muito difícil. Mas é um exercício que a gente aprende, como os exercícios físicos, os exercícios de matemática, de física... às vezes o resultado dá redondo, às vezes não. Às vezes nem dá resultado nenhum, porque não tem! 

Mas às vezes a gente resolve um porque nem sabia que ele não tinha solução. Sabe, na Pesquisa Operacional tem um troço difícil pra caramba, um algorítmo chamado Simplex. O cara que descobriu o método de solução chamava-se Agner Krarup Erlang, era um aluno como eu, como você. Naquele dia ele chegou atrasado à aula e copiou o problema que estava na lousa. Só que ele tinha perdido que o professor havia dito que aquele era um exemplo de um problema que não tinha solução. Ele não sabia disso. Então ele levou o problema pra casa, sem saber que não tinha solução e resolveu! Ele foi o Pai da Pesquisa Operacional! A Teoria das Filas é dele também! Se seu banco tem aquele sistema de fila única, agradeça a ele! hahaha. Ele também foi o primeiro a estudar o problema nas redes de telefonia. Acho que este não deu muito certo ainda! 

Eu sou assim: procuro meus amigos quando tenho saudade, procuro minha família quando sinto falta do calor do sangue. Se eles não me procuram não tem problema. Eu faço o que meu coração pede e aprendi a não contrariá-lo! 

A gente tem que dar um passo por vez e às vezes é preciso fazer como no xadrez ou em qualquer jogo. Um joga, depois é a vez do outro. Se o outro não tem carta, ele passa e a gente joga novamente. Só que neste jogo não tem vencedor. Tudo é aprendizado! 

Eu tenho uns primos, filhos de uma irmã de minha mãe que morreu quando eu tinha 2 anos, que eu não via há mais de 20 anos. Tivemos um reencontro lindo e emocionante demais em janeiro de 2009. Eu os procurei. Não sabia por onde andavam, nem onde moravam direito! Era parte de um desejo da minha mãe. Fiquei muito feliz por ter tomado esta iniciativa! 

Hoje temos muita amizade e nos vemos regularmente. Eles vêm pra Santos sempre e eu vou lá em Santa Rita nas férias. Sou muito amiga de todos e nos divertimos muito sempre. 

Em novembro de 2011 meu pai se foi, aumentando um pouco mis o buraco que já existia em meu coração. Foi um final de vida traumático e sofrido... Deus sabe o que faz, certamente! 

Hoje trabalho na Fatec como professora, iniciarei meu mestrado este ano, mas continuarei a ajudar os alunos do sexto ciclo inteiramente de graça! Eu gosto, aliás, eu amo o que faço e fico feliz por ter algo de que posso dispor pra contribuir para o crescimento e evolução de alguém! 

Eu já tive vários pesos diferentes e sabe o que eu acho, de verdade? O que vale mesmo é o que vai dentro da alma, do coração. O que vale é como você se sente, não como querem que você se sinta! Muitas vezes eu percebo que minha obesidade incomoda muito mais aos outros do que a mim mesma. Eu tenho uma vida sossegada, faço tudo o que quero, visto o que quero, amo muito e sou muito amada... Porque temos que modificar a casca do abacaxi? De certo há um motivo pra ele ser como é! E é claro que existem abacaxis doces e azedos, assim como seres humanos. Se o plantio for feito em local ensolarado e fértil, com certeza o abacaxi será muito doce! 

Foto tirada por um amigo em uma "Festa do Pijama". Não me visto sempre assim. kkkk

A obesidade não me atrapalha em nada. Sou uma mulher plenamente feliz e realizada. Amo e sou muito amada por todos à minha volta. Tenho um relacionamento maravilhoso com meus alunos e sou homenageada por eles na formatura há 4 semestres, consecutivamente. Isso é resultado de um trabalho sério e apaixonado. Não precisamos ser magras, esbeltas ou modelos Plus Size pra sermos plenamente satisfeitas. 

A vida nos dá tudo que precisamos pra viver, basta saber onde encontrar e como retirar o melhor que ela tem!

É isso aí!

Gisele Esteves Prado

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